terça-feira, 27 de abril de 2010
4º Jazz'n Gaia 2010
Sábado dia 1 de Maio,2010
Depois, as atenções viram-se para o mestre belga da harmónica: Toots Thielemans. Aos 88 anos (cumpridos dois dias antes deste concerto), Thielemans é um virtuoso, uma referência absoluta e uma prova de que é possível aliar a técnica à capacidade de comover um auditório. "Posso dizer sem hesitações que Toots é um dos grandes músicos do nosso tempo. Com os seus instrumentos ele mostra-nos o melhor que se produz no jazz. Ele vai direito ao nosso coração e faz-nos chorar." Estas palavras foram ditas por Quincy Jones, um dos muitos músicos com que Thielemans trabalhou. Mas há muitos mais na história do músico: Charlie Parker, Ella Fitzgerald, Benny Goodman, Dizzy Gillespie, Oscar Peterson, Bill Evans, Natalie Cole, Pat Metheny, Paul Simon, Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Djavan...
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
"OLÁ E ADEUSINHO"
A peça fala-nos de dois irmãos que adiaram a responsabilidade de serem adultos, ao ponto de perderem a razão da sua existência. Agora, confrontados com a morte do pai, descobrem que não sabem viver com o outro, com o mundo, nem conseguem construir um futuro.
Ouvimos ao longo de cerca de duas horas as histórias de um passado familiar sofrido, a história de um país sofrido pela guerra, pela desigualdade e pela miséria, a história da religião nas culturas de origem ocidental, a história de tantos irmãos que questionam a sua identidade quando se tornam órfãos.
As suas personagens são construídas através de um jogo entre o discurso consciente e o discurso inconsciente, como se se tratasse de um puzzle psicológico e emocional complexo, que se revela perante as situações dramáticas. Quase tudo o que acontece, acontece através do discurso e do pensamento. Talvez seja esta a razão que torna as suas personagens tridimensionais e actuais.
Este é um espectáculo duro e frontal, mas também redentor e comovente.
Autoria: Athol FugardTradução: Jaime Salazar SampaioEncenação: Beatriz BatardaCenário e Figurinos: Cristina ReisDesign de Luz: José Nuno LimaSonoplastia: Sérgio MilhanoOralidade: Teresa LimaInterpretação: Catarina Lacerda e Dinarte BrancoCo-Produção: Teatro da Cornucópia e CulturprojectApoios: MC/DGArtes, Fundação Calouste Gulbenkian
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Kick-Ass - O Novo Super-herói
Cinecartaz
Dave Lizewski (Aaron Johnson) é um jovem fanático por heróis de BD com uma vida muito aborrecida. Um dia decide fazer algo contra a monotonia e tornar-se, ele próprio, um super-herói. Para isso resolve encomendar uma farda apropriada e atirar-se, de corpo e alma, à tarefa de salvar vidas em perigo. De um momento para o outro, de um adolescente que nunca deu nas vistas passa a celebridade e, do meio do nada, surge por toda a cidade uma espécie de epidemia de super-heróis. Mas nem tudo poderia ser perfeito e, se todas as histórias de super-heróis têm um génio do mal, esta não poderia ser excepção: Frank D'Amico (Mark Strong), um perigoso barão da droga. E é quando Dave conhece Big Daddy (Nicolas Cage) e a sua jovem e destemida filha Hit-Girl (Chloe Moretz) que a aventura verdadeiramente se inicia e eles percebem que somente juntos conseguirão derrotar o grande vilão e a sua trupe de bandidos. Um filme de Matthew Vaughn baseado na conhecida BD de Mark Millar e JRJR (John Romita, Jr.).
Antestreia,quarte-feira,21Abril2010,21H30,ArrábidaShopping
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Sonic Youth
SiteOficial
Data de Formação:1981
Local de Nascimento:Nova Iorque
País de Origem:EUA
A formação dos Sonic Youth remonta ao ano de 1981, quando Lee Ranaldo, Thurston Moore e Kim Gordon se juntaram em Nova Iorque. Moore aliou-se a Ranaldo em Manhattan, enquanto Gordon, a namorada de Moore, decidiu integrar o agrupamento mais tarde, depois de deixar um colectivo catalogado junto da No Wave, um estilo descoberto e criado por entre as cinzas da era pós-punk. Ainda em 1981, o agrupamento fez a sua primeira apresentação ao vivo, no decorrer do Noise Festival, organizado com o precioso auxílio de Moore e de Gordon. A entrada do baterista Richard Edson, pouco tempo depois, assegurou o formato necessário à gravação do primeiro EP, em 1982. Contudo, poucos meses passados, Edson decidiu abandonar os Youth, tendo sido então substituído por Bob Bert. Durante esse ano apareceu no mercado o primeiro álbum dos Sonic, "Confusion Is Sex", que trouxe novas luzes e esclarecimentos sobre as intenções estéticas e criativas de uma banda que assegurava a diferença através de uma dissonância sónica provocatória e radical, mas mesmo assim feita à luz das mais puras inspirações do rock. O álbum mereceu até a promoção feita em terras do velho continente, que continuou a auxiliar o decorrer do percurso dos Sonic com a edição do EP "Kill Yr Idols" através do catálogo alemão Zensor. O retorno ao estúdio só se proporcionou em 1985, e meses passados apareceu no mercado "Bad Moon Rising", o primeiro registo lançado com a Blast First. O disco mereceu uma atenção redobrada por parte da imprensa da especialidade e igualmente do meio mais underground nova-iorquino, e o trabalho da banda liderada por Moore e Ranaldo estava assim definitivamente lançado. O disco revelou o grupo americano em espaços além do idolatrado feedback anárquico, com adornos claros de pretensos ritmos pop. "Death Valley 69", um novo EP editado ainda em 85, antecedeu nova mudança na formação, depois da saída de Bob Bert, substituído por Steve Shelley. Em 1986 a banda nova-iorquina lança nova obra, agora, e uma vez mai,s com diferentes contornos. "Evol" explanou a debandada dos terrenos frágeis das composições mescladas de experimentações, e parece ter materializado em definitivo a entrega dos Youth aos paralelos estruturais do rock. "Sister" de 1987 confirmou o discurso feito com o registo anterior, um ano antes daquele que é unanimemente considerado como o álbum maior dos Sonic Youth. "Daydream Nation", editado em 1988, trouxe consigo os primeiros hinos a la Youth, em temas como "Teen Age Riot", "Silver Rocket" ou "Eric's Trip". Contudo, o percurso do grupo conheceu ainda alguns sobressaltos, e em 1990 concretiza-se a decisão de mudar de editora, então para a DGC, deixando para trás a falência da anterior, a SST. Ao lado da editora de David Geffen, os Sonic Youth tomaram em si a missão de desbravar os territórios alternativos e independentes da música feita na América, acabando por levar a que muitas bandas desconhecidas e independentes assinassem por uma editora major. "Goo", o sexto álbum de originais dos Youth lançado em 1990, mostrou novas incursões num território disfarçadamente mainstream e preparou as hostes para a celebração de "Dirty", de 1992. O álbum, que teve a produção a cargo de Butch Vig, conseguiu resultados verdadeiramente surpreendentes em termos de vendas, dada a ligação temporal e de conteúdo ao auge do movimento grunge vivido na altura nos Estados Unidos. "100%", "Sugar Kane", "Youth Against Fascism" ou "Drunken Butterfly" foram apenas quatro dos temas de um disco facilmente considerado conquistador. Dois anos depois do sucesso comercial apareceu "Experimental Jet Trash & No Star", um disco que contou uma vez mais com a produção de Vig e que logrou até chegar até ao top10 britânico. Um ano depois, Moore e Gordon oficializaram a sua ligação com o casamento, meses antes do nascimento de Coco Haley, a primeira filha do casal. Em 1995, e passado um período de alguma acalmia, os Youth lançaram "Washing Machine", um disco que mereceu renovadas considerações extremosas por parte da crítica, mas que não repetiu o êxito de vendas dos anteriores. Seguiu-se um novo período de experimentações e retiros, e só em 1998 é que a banda decidiu editar um novo longa duração. "A Thousand Leaves" antecedeu a edição em 2000 do álbum "NYC Ghosts and Flowers".
A banda preservou a sua identidade transgressora com os álbuns seguintes: "Murray Street" (de 2002), "Sonic Nurse" (de 2004), "Rather Ripped" (de 2006) e "The Eternal" (de 2009).
sábado, 17 de abril de 2010
2 p'ra Jazz
2 p'ra Jazz e Onda Poética
O ritmo, a cor o timbre, a forma... Tudo está presente em todas as formas de Arte. O duo "2p’rajazz" e a "Onda Poética" juntam-se neste espectáculo para, através da Música e da Poesia, poderem partilhar com o Público as suas leituras artísticas e estéticas. Cada letra tem um som, cada som um significado... Onde começa um e acaba o outro?
16 ABR 2010, 21:30, Centro Multimeios de Espinho
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Confronto de Titãs - Clash of the Titans
Perseus (Sam Worthington), apesar de ter sido criado por humanos é, na verdade, um semideus, fruto do amor entre a mortal Danae (Tine Stapelfeldt) e Zeus (Liam Neeson), o rei dos deuses do Olimpo. Quando Hades (Ralph Fiennes), deus do submundo e irmão de Zeus, decide matar a família adoptiva de Perseus, este, em busca de justiça, jura vingar-se eliminando Hades e todos os que atravessarem o seu caminho. Mas o destino de Perseu é muito mais grandioso do que uma simples vingança e, liderando um grupo de soldados, terá que unir esforços com o seu pai e derrotar Hades e Kraken, o seu colossal monstro marinho, antes que a fúria destruidora dos deuses atinja todo o género humano...Louis Leterrier assina o "remake" do filme "Clash of the Titans" (1981), de Desmond Davis, numa nova adaptação cinematográfica de um dos mais famosos mitos gregos.
Antestreia, Quarta-feira,13 de Abril, 2010,21H30,MarShopping
Cinecartaz
Livros e autores que ando a ler V - Abril 2010
Programa do LeV – Literatura em Viagem
17 de Abril, Sábado
15h00 (Salão Nobre dos Paços do Concelho, Matosinhos)- Conferência de abertura.- Lançamento da revista Itinerâncias, número 3.
16h00 (Galeria Municipal)- Inauguração da exposição de fotografia A última fronteira, de Gonçalo Rosa da Silva.
16h30 (Galeria Municipal)- 1.ª Mesa: «Literatura e Guerra». Com Robert Fisk (Inglaterra), Mimmo Cándito (Itália), Carlos Vale Ferraz, Hubert Haddad (Tunísia) e Cândida Pinto. Moderação: José Mário Silva.
18h30 (Galeria Municipal)
- 2.ª Mesa: «As Viagens são os Viajantes». Com Giuliano da Empoli (Itália), Nuno Silveira Ramos, João Pedro Marques e Lourenço Mutarelli (Brasil). Moderação: João Rodrigues.
21h30 (Cine-Teatro Constantino Nery)- Relativamente, espectáculo teatral com encenação e tradução de João Lagarto e produção de Alice Prata.
18 de Abril, Domingo
15h00 (Galeria Municipal)- 3.ª Mesa: «Percebo-me viajando». Com Alexandre Alves Costa, José Medeiros Ferreira, Patrícia Portela e Guillermo Martinez (Argentina). Moderação: Manuel Alberto Valente.
17h30 (Galeria Municipal)- 4.ª Mesa: «O Sonho de África». Com Tim Butchert (Inglaterra), Mohamed Berrada (Marrocos), Javier Reverte (Espanha) e Jacinto Rego de Almeida. Moderação: Carlos Vaz Marques.
19 de Abril, Segunda-feira
10h30 (Biblioteca Municipal Florbela Espanca)- Workshop de fotografia com Sérgio Jacques.
15h00 (Galeria Municipal)- 5.ª Mesa: «Viajar prolonga a vida». Com Alon Hilu (Israel), José Rentes de Carvalho, Alexandra Lucas Coelho e Mónica Marques. Moderação: Rosa Alice Branco.
17h30 (Galeria Municipal)- 6.ª Mesa: «Palavra a palavra viajamos». Com Filomena Marona Beja, Ignacio Martínez de Pisón (Espanha), José Fanha e Arthur Dapieve (Brasil). Moderação: Marcelo Correia Ribeiro.
20 de Abril, Terça-feira
10h30 (Biblioteca Municipal Florbela Espanca)- Workshop de fotografia com Sérgio Jacques.
15h00 (Galeria Municipal)- 7.ª Mesa: «A alegria do homem está em viajar». Com Joaquim Magalhães de Castro, Cristina Carvalho, Lazaro Covadlo (Argentina) e Maria Isabel Barreno. Moderação: Jacinto Rego de Almeida.
17h30 (Galeria Municipal)- 8.ª Mesa: «Toda a realidade é um desejo de viagem». Com Hélder Macedo, valter hugo mãe, Mempo Giardinelli (Argentina) e Elmér Mendoza (México). Moderação: Francisco José Viegas
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Antígona
Que espaços levantar para conter as palavras que andam pela cidade? Da camarata auschwitziana construída em madeira de Breve Sumário da História de Deus, ao quase semicírculo revestido a cortiça de Antígona, que ora transporta a memória do anfiteatro grego, ora sugere a cratera de um vulcão em lava, Nuno Carinhas desenhou dois lugares pouco amenos para ressoar o som e a fúria das convulsões do mundo, duas orgânicas máquinas de emaranhar perguntas no espaço público. Porque em Antígona – já era assim no Breve Sumário – interroga-se a origem das coisas, porque aqui começa a história do nosso teatro e a vida política das nossas cidades. Com a insubordinação de Antígona, o homem parte à conquista de uma consciência, questiona as fronteiras entre a integridade individual e o bem comum. As personagens de Sófocles são angustiados pontos de interrogação que caminham. Pergunta Creonte: “Então o Estado não é de quem manda?” Responde Hémon: “Nenhum Estado é de um homem só!” Pergunta Antígona: “Como posso eu ainda olhar para os deuses?” De pergunta em pergunta, de resposta em resposta, o confronto adensa-se e Antígona entrega-se à morte. Vinte e cinco séculos mais tarde, Marguerite Yourcenar dedicou-lhe o mais belo dos epitáfios: “O tempo retoma o seu curso sob o ruído do relógio de Deus. O pêndulo do mundo é o coração de Antígona”.
Domingo,11Abril,2010,16H00, TeatroNacionalSãoJoão
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